quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Malditas sejam as baratas

    Não começaram por aqui, vieram das colinas adentrando

    Aos poucos o asfalto foi crescendo, os grande labirintos de ferro e concreto

    Foram entrando

    Nos altos, nos baixos

    Seja solo, subsolo, sobresolo

    Podia ser o que seja,

    Primeiro ruas, logo após casa, prédios, daí os comércios

    Supermercados, grifes, butiques.... bares... restaurantes

    Estão por todo lugar

    Usufruiem dos vidros e guarnições, o caro luxo do concreto

    Dos pratos, lambiam as lascas

    Dos trabalhadores, só fazem o inferno

    Possuíam,

    Adentravam,

    Destroçavam. Para nós, restou nada apenas poucas migalhas-horas,

    Restos de restos e um péssimo psicológico. Sugavam tudo, querem tudo.

    Nada bom o bastante para seus paladares.

    Peço que suas antenas não captem tal testamento,

    Malditos sinais de rádio atentos a quaisquer deslize, qualquer sinal, antena ré-melexe.

    Te peço não ser palco a sangue lhe pedindo apenas alguns móveis cafonas

    Malditas sejam os clientes.... quer dizer as baratas


Nenhum comentário:

Postar um comentário

A noite um conjunto de latidos baixinhos corroem minha janela

     E da mesma esotérica janela de vidraças azuladas, o silencio corroía a sua entrada. Ele queria es-can-ca-rar sua presença, mostrar sua ...